Com 53 mil habitantes e frota com 32 mil veículos, Ibiporã (PR) enfrenta desafios de mobilidade urbana comuns a muitos municípios brasileiros: engarrafamentos, acidentes de trânsito, acessibilidade. Para encontrar as soluções para estes problemas, a Prefeitura está investindo na elaboração do Plano de Mobilidade Urbana (PMU). Na foto acima, BR 369 com Rua Ângelo Sarabia – um dos pontos de conflito de mobilidade urbana de Ibiporã.
Uma das principais situações que provocam engarrafamentos em Ibiporã é a largura das vias arteriais inferior ao definido pela lei municipal do sistema viário. “As nossas vias têm em média 18 metros de largura, a lei determina entre 24 metros e 28 metros”, explica Cássia Calzavara, arquiteta urbanista coordenadora da Equipe Técnica Municipal (ETM) do PDM e do PMU.
Rotatórias pequenas, cruzamentos sem sinalização, ausência de ciclovias são condições responsáveis por acidentes, especialmente com motos, e atropelamentos de pedestres e ciclistas. A topografia bastante íngreme e acidentada característica do Município é um dos fatores que dificultam a acessibilidade. “Permissão de parcelamento do solo para inclinação abaixo de 30%, cria vias com inclinação muito alta, dificultando especialmente a acessibilidade para cadeirantes. Seria necessário reduzir para 15%”, diz Cássia Calzavara.
Ferramenta para auxiliar o gestor público
”Os problemas que estamos identificando em Ibiporã se repetem em todo o território nacional, guardadas algumas especificidades e proporções, de acordo com o porte da cidade”, diz Mário Stamm, engenheiro civil, especialista em mobilidade urbana e consultor da DRZ Geotecnologia. “Para que uma cidade garanta a mobilidade urbana é preciso que estejam integrados em harmonia: sistema viário, transporte coletivo, pedestre, acessibilidade e transportes alternativos. O Plano de Mobilidade Urbana é a ferramenta para facilitar a vida do gestor público dando as diretrizes para solucionar os problemas que fazem frente a esta harmonia.”