Confins (MG) está investindo em amplo levantamento de dados territoriais, com cartografia digital, mapeamento móvel terrestre, mapeamento ambiental e inventário de patrimônio público, que permitirão o planejamento de ações em áreas multidisciplinares. Uma Mapoteca Digital, disponibilizada em ambiente de cidade inteligente, garantirá o acesso simplificado às informações. “A precisão da cartografia, a qualidade dos dados móveis adquiridos pelo mapeamento móvel, o levantamento das condições ambientais, farão de Confins referência na Região Metropolitana de Belo Horizonte”, diz o gestor de Geotecnologia da DRZ, engenheiro cartógrafo, Anderson Aguiar. “O Município terá informações para inserir-se em um ambiente de cidade inteligente.”
Para o recadastramento imobiliário e o mapeamento ambiental, foi realizado voo aerofotogramétrico na escala 1:1.000, a partir do qual foi elaborado o Mapa Urbano Básico, que serviu de base para atualização de informações do Cadastro Técnico Municipal, como áreas construídas, ocupações irregulares. A partir do levantamento fotogramétrico, a DRZ também mapeou feições ambientais, como: relevo, hidrografia e vegetação. Os dados serão comparados com legislações ambientais para identificar irregularidades em Áreas de Preservação Permanente (APP), áreas de uso restrito, como áreas vulneráveis da APA Carte Lagoa Santa. Um exemplo, segundo Aguiar, são as dolinas, depressão no solo característica de relevos cársticos, que devem ser protegidas.
Para o inventário de patrimônio público, foi realizado levantamento fotográfico terrestre, com sistema que obtêm imagens 360º. A partir destas imagens, serão atualizadas informações, como: o tipo e situação de pavimento das ruas, postes de iluminação e seu padrão de iluminação e construção, além da reclassificação do padrão construtivo das edificações, permitindo a atualização da PGV. Estas informações permitirão resolver problemas de delimitação de limites municipais, como os do aeroporto que tem parte de sua área em Confins e parte em Lagoa Santa. “Como os limites municipais foram gerados a partir de cartografia em pequena escala, sem detalhes, há divergências quanto às fronteiras do município”, explica Aguiar. “O problema será solucionado espacializando de forma correta o descritivo do limite municipal, permitindo definir a qual município pertencem determinadas empresas instaladas no aeroporto e nos arredores. Isso é importante para a arrecadação de Confins.”