Um dos grandes problemas enfrentados pelos moradores de Faria Lemos (MG) é a ausência de um sistema de coleta e tratamento de efluente de esgoto. Sem um Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), o Município não conseguia recursos federais para a execução da obra. “Já temos o projeto de implantação da rede de tratamento e coleta de esgoto na sede do Município, mas não conseguíamos a liberação de recursos para fazermos a obra, porque não tínhamos o PMSB”, explica o prefeito, Hélio Antônio de Azevedo. “Por isso, para nós foi muito importante a entrega do Plano.”
O PMSB de Faria Lemos foi o primeiro a ser entregue pela equipe DRZ, contratada pela Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP-MG) para atender 12 municípios do trecho mineiro da Bacia do Rio Paraíba do Sul. “O CEIVAP (Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul) e a AGEVAP ficaram muito satisfeitos com a conclusão do PMSB do município de Faria Lemos”, diz a especialista em Recursos Hídricos da AGEVAP, Marina de Assis. Ela destacou a importância dos Planos para a gestão dos serviços públicos de saneamento, enquanto instrumentos de planejamento. “A ação de planejar é fundamental para melhorias nas diversas áreas, por meio do cumprimento de metas estabelecidas no Plano.”
O gestor da DRZ, arquiteto e urbanista Agenor Martins Junior, explica o Plano de Faria Lemos traz 66 metas que deverão ser alcançadas entre 2016 e 2040 e que vão exigir recursos da ordem de R$ 13.025.271,60. Letícia Leal, engenheira ambiental da DRZ, afirma que a maior parte destes recursos deverá ser investida no eixo de esgotamento sanitário, R$ 5.316.452,39, para alcançar 12 metas que incluem, entre outras: projetos básico e executivo, educação ambiental, estações elevatórias de esgoto, estação de tratamento de esgoto com capacidade de tratamento de 5 l/s, ampliação da rede coletora.