Extinguiu o Lixão? É hora de recuperar a área degradada.

De acordo com documento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), de 2015, 33% dos solos do mundo estão degradados, apresentando entre os principais danos: erosão, salinização, compactação, acidificação e contaminação. Somente a erosão elimina 25 a 40 bilhões de toneladas de solo por ano. Na América Latina, este percentual é de 50%. O Brasil, de acordo com dados de 2012, do Ministério do Meio Ambiente, apresenta 140 milhões de hectares de áreas degradadas, o equivalente a duas Franças. São muitas as atividades responsáveis por esta condição, entre elas disposição de resíduos sólidos de forma inadequada.

Mesmo com a promulgação, em 2014, da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estipulou prazo até 2014 para fechamento destes depósitos irregulares, o Brasil ainda possui 3 mil lixões, em 1.600 cidades. A extinção desta atividade e a recuperação destas áreas são grandes desafios para adequação dos municípios à PNRS.  A elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) é o primeiro passo para iniciar o processo de restauração do solo.

A equipe DRZ tem elaborado o Plano em vários municípios e acabou de finalizar o de Guaraniaçu (PR). Depois de 5 anos que o lixão foi desativado, a Prefeitura contratou o Plano para recuperação dos 2 hectares de área.  A bióloga Cynthia Leal Boiça explica que a partir de diagnóstico que identificou os danos causados ao solo, foi elaborado um Plano de Execução com 10 ações que deverão ser implementadas em 4 anos, com investimentos previstos em R$ 265.018,36.

No primeiro ano, deverão ser executadas ações como: erradicação de vegetação, reconformação geométrica do maciço, cobertura da área  reconformada, plantio de árvores, escavação das valas para implantação do sistema de drenagem de águas pluviais, instalação das calhas de drenagem e de poços de monitoramento.  No segundo ano, estão previstas: continuidade do plantio de árvores, replantio de 8% da revegetação, licenciamento da área para implantação do depósito de galhada. Nos terceiro e quarto anos, monitoramento da área recuperada.

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